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sábado, 16 de abril de 2011

Campanha contra o Bullying nas Escolas


Bullying é um termo em inglês utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo (bully - «tiranete» ou «valentão») ou grupo de indivíduos com o objetivo de intimidar ou agredir outro indivíduo (ou grupo de indivíduos) incapaz(es) de se defender. Também existem as vítimas/agressoras, ou autores/alvos, que em determinados momentos cometem agressões, porém também são vítimas de bullying pela turma.

Tipos de bullying


Os bullies usam principalmente uma combinação de intimidação e humilhação para atormentar os outros. Abaixo, alguns exemplos das técnicas de bullying:
  • Insultar a vítima; acusar sistematicamente a vítima de não servir para nada.
  • Ataques físicos repetidos contra uma pessoa, seja contra o corpo dela ou propriedade.
  • Interferir com a propriedade pessoal de uma pessoa, livros ou material escolar, roupas, etc, danificando-os
  • Espalhar rumores negativos sobre a vítima.
  • Depreciar a vítima sem qualquer motivo.
  • Fazer com que a vítima faça o que ela não quer, ameaçando a vítima para seguir as ordens.
  • Colocar a vítima em situação problemática com alguém (geralmente, uma autoridade), ou conseguir uma ação disciplinar contra a vítima, por algo que ela não cometeu ou que foi exagerado pelo bully.
  • Fazer comentários depreciativos sobre a família de uma pessoa (particularmente a mãe), sobre o local de moradia de alguém, aparência pessoal, orientação sexual, religião, etnia, nível de renda, nacionalidade ou qualquer outra inferioridade depreendida da qual o bully tenha tomado ciência.
  • Isolamento social da vítima.
  • Usar as tecnologias de informação para praticar o cyberbullying (criar páginas falsas sobre a vítima em sites de relacionamento, de publicação de fotos etc).
  • Chantagem.
  • Expressões ameaçadoras.
  • Grafitagem depreciativa.
  • Usar de sarcasmo evidente para se passar por amigo (para alguém de fora) enquanto assegura o controle e a posição em relação à vítima (isto ocorre com frequência logo após o bully avaliar que a pessoa é uma "vítima perfeita").
  • Fazer que a vitima passe vergonha na frente de varias pessoas

Bullying nas Escolas

Em escolas, o bullying geralmente ocorre em áreas com supervisão adulta mínima ou inexistente. Ele pode acontecer em praticamente qualquer parte, dentro ou fora do prédio da escola.

Um caso extremo de bullying no pátio da escola foi o de um aluno do oitavo ano chamado Curtis Taylor, numa escola secundária em Iowa, Estados Unidos, que foi vítima de bullying contínuo por três anos, o que incluía alcunhas jocosas, ser espancado num vestiário, ter a camisa suja com leite achocolatado e os pertences vandalizados. Tudo isso acabou por o levar ao suicídio em 21 de Março de 1993. Alguns especialistas em "bullies" denominaram essa reação extrema de "bullycídio". Os que sofrem o bullying acabam desenvolvendo problemas psíquicos muitas vezes irreversíveis, que podem até levar a atitudes extremas como a que ocorreu com Jeremy Wade Delle. Jeremy se matou em 8 de janeiro de 1991, aos 15 anos de idade, numa escola na cidade de Dallas, Texas, EUA, dentro da sala de aula e em frente de 30 colegas e da professora de inglês, como forma de protesto pelos atos de perseguição que sofria constantemente. Esta história inspirou uma música (Jeremy) interpretada por Eddie Vedder, vocalista da banda estadunidense Pearl Jam.



Bullying


Uma criança que morde o amiguinho até dois anos de idade, não pode ser rotulada como agressiva. Ela ainda não sabe usar a linguagem verbal e a linguagem corporal acaba sendo mais eficiente. A criança nesta fase, é egocêntrica e acredita que o mundo funciona e existe em função dela. Uma das primeiras maneiras de relacionamento é a disputa por objetos ou pela atenção de alguém querido – como a mãe, o pai ou o professor. A intenção da criança, ao morder ou empurrar, é obter o mais rápido possível aquele objeto de desejo, já que não consegue verbalizar com fluência. Esta fase de disputa é natural e quanto menos ansiedade for gerada, mais rápida e tranqüilamente será transposta. É claro que o adulto não deve apenas assumir a postura de observador e sim, interferir quando necessário, evitando que se machuquem, e explicando que a atitude não é correta. Enfim, impondo limites! Porém não devem supervalorizar a agressão, pois as crianças ainda não conseguem entender que estão machucando.
A agressividade pode ser hostil, com a intenção de machucar ou ser cruel com alguém, seja física ou verbalmente. Ou ainda pode aparecer com o intuito de conquistar uma recompensa, sem desejar o mal do outro.
A agressividade aparece ainda em reação a uma frustração. Birras, gritarias e chutes. Comportamento comum, porém necessário ser amenizado até extinguido mais uma vez explicando à criança que não é um comportamento adequado.
Outro aspecto fundamental ao desenvolvimento de comportamento agressivo é o meio ambiente em que a criança está inserida, família, escola e estímulos recebidos por meios de comunicação. Há, lógico ainda, fatores individuais, inatos como sexo e hereditariedade.
É essencial saber discernir quando um comportamento agressivo é passageiro, por motivos temporários, como o nascimento de um irmãozinho, a hospitalização ou perda de um ente querido, ou ainda por mudança de casa ou escola ou se pode ser considerado como um transtorno de conduta, caso em que é necessário um acompanhamento de especialista para auxiliar a sanar o problema. Se não dermos a devida importância nesta fase essas atitudes poderão evoluir de forma prejudicial na adolescência e vida adulta, podendo transformar a criança em agente ou alvo de Bullying, que veremos mais à frente.
A diferença de sexo também pode indicar um aspecto da agressividade. Diversas pesquisas apontam para uma capacidade precoce das meninas, em relação aos meninos para adaptarem-se em grupo e socializarem-se com maior facilidade. Meninos tendem a apresentar mais problemas para adaptação social.
Por volta dos três anos, as crianças já acrescentaram milhares de palavras ao seu vocabulário e começam a descobrir o prazer em brincar com o outro e se comunicar. O egocentrismo começa a sair de cena e começa a socialização. Nesta fase, o comportamento agressivo intencional, ainda aparece esporadicamente e via de regra, não apresentam uma continuidade. Já aos quatro, cinco e seis anos identificamos alguns comportamentos de discriminação que podem ter repetidamente o mesmo alvo. Aparecem os conflitos, “panelinhas”, provocações e humilhações. É aqui que pais e educadores devem estar atentos para poder inibir esse comportamento antes que ele se instale e seja mais difícil de eliminá-lo.
Um caso típico, citado em artigo de Antônio Gois e Armando Pereira Filho para a Folha de São Paulo, é o de um menino de 4 anos que era tímido e falava pouco. Os coleguinhas e a própria professora “brincavam” dizendo que ele havia perdido a língua. Isso causou um bloqueio na fala e desenvolvimento da linguagem da criança.
Precisamos também diferenciar as vivências que a criança tem na família e as que tem na escola, onde ocorrem geralmente os comportamentos agressivos. Em casa, via de regra, a criança é sempre querida, amada e compreendida, o que não acontece no convívio social onde precisa conquistar os amigos e inserir-se no grupo.

“A agressividade infantil

 agressividade infantil é um assunto bastante amplo e podemos notar suas raízes desde o início das relações das crianças ainda na educação infantil.Precisamos inicialmente, discernir o que é inerente a determinada faixa etária ou sexo e o que está fora dos padrões esperados pelos mesmos.Segundo a teoria piagentiana podemos classificar o desenvolvimento cognitivo em diversas etapas. Na educação infantil, passamos basicamente por duas delas: Sensório-motora que vai do nascimento aos dois anos de idade. Nesta fase a criança se utiliza basicamente dos sentidos para conhecer o mundo. Tudo aqui acontece por reflexos e a criança leva tudo à boca; Pré-operatória que vai dos 2 aos 7 anos onde a criança começa a adquirir noções de tempo, espaço. Ainda não há raciocínio lógico e as ações para ela ainda são irreversíveis.


retirado de:http://kindy.gameover.zip.net/

Qual é o procedimento que uma testemunha deve adotar?


As testemunhas tem de falar para ajudar as vitimas, devem perceber o ferido e ajudar ao máximo...

E não devem ter medo porque se fizerem queixa estão em segurança.....
Como é que as testemunhas podem ajudar os bullies:
As testemunhas devem falar com os bullies, e não podem ter medo porque no fundo os bullies só querem chamar a atenção, e precisam de ser ajudadas.
Como é que as testemunhas podem ajudar as vítimas?

As testemunhas devem-se queixar, e falar sobre o assunto e tentar ajudar as vitimas, para que não aconteça a mais ninguém....

O que é o Bullying?
Bullying é como se caracterizam todas as formas de atitudes agressivas intencionais e recorrentes praticadas, sem uma motivação evidente, por crianças e adolescentes. Esse tipo de comportamento causa nas pessoas que são seu alvo humilhação, dor e angústia. O Bullying afecta estudantes, pais e professores no mundo inteiro.


retirado de:http://kindy.gameover.zip.net/

Qual o perfil das vítimas de bullying?

Segundo os estudos realizados as vítimas são alunos inteligentes e sensíveis,que têm uma boa relação com os pais. Como não são provenientes de Famílias conflituosas, não sabem reagir quando são provocadas. Estesjovens vítima têm uma auto-estima baixa e acreditam nos insultos que lhessão dirigidos.São alvos fáceis porque levam a sério as injúrias do agressor.As vítimas ficam fragilizadas e dificilmente conseguem estabelecer novas relações de confiança.As vítimas têm dificuldade em fazer amigos porque sofrem rejeição dos pares.

A quem essa é que essa vítima pode recorrer? 
-Director de
-Conselho executivo  
-Gabinete de Mediação Escolar 
-Funcionários da escola
-Familiares  
-PSP ou GNR 
-IAC (www.iacrianca.pt)

Quem se acha o valentão acaba se ferrando...

Se você se acha o valentão. 
Cuidado! 
Quem é o valentão acaba no chão. 

Se você bate nos pequenos. 
Cuidado! 
Eles crescerão. 

Se você xinga ou ofende alguém. 
Cuidado! 
Alguém pode ofender você. 

Olhe-se no espelho! 
O espelho não mente, você é um Ser humano. 
Então, não haja como se fosse um animal. 

Todos nós fomos feitos à imagem e semelhança de Deus. 
Deus não quer ver a sua imagem e semelhança brigando, 
xingando e apelidando o próximo. 
Somos Iguais! 

Seja uma pessoa civilizada. 
Diga não ao Bullying! 
Diga não à violência! 

Violência na minha casa, 
NÃO!!! 



retirado de:http://kindy.gameover.zip.net/

Bullying no Brasil.


(...)Segundo os especialistas, pelo menos dois casos de bullying escolar terminaram em morte no Brasil.Um deles aconteceu em janeiro de 2003. Depois de completar o ensino médio, Edmar Aparecido Freitas, então com 18 anos, comprou um revólver calibre 38 e disparou contra cerca de 50 pessoas durante o horário de recreio da escola onde estudou, em Taiúva (a 363 Km de São Paulo). Atingiu sete delas e depois se matou com um tiro na cabeça. As vítimas sobreviveram.


"Este foi um típico caso de como o bullying escolar pode virar uma tragédia. Este adolescente era obeso e foi motivo de piada para os colegas de escola durante 11 anos. Mesmo quando ele perdeu 30 quilos continuaram zoando ele. Seu apelido era elefante cor-de-rosa. Ele comprou uma arma e resolveu se vingar. Uma das pessoas atingidas pelos disparos ficou paralítica.
A polícia de Taíuva não descobriu como Freitas adquiriu o revólver. Além da arma, ele carregava cerca de 80 balas e uma faca. De acordo com o escrivão de polícia Edson Dorati, que atuou no caso na época, o inquérito foi remetido à Justiça e arquivado.
Em 2004, um adolescente de 17 anos, de Remanso, na Bahia, também atirou contra um colega depois de ser ridicularizado na escola. Segundo o escrivão de polícia da cidade, José Melônio Heston, o agressor comprou um revólver calibre 38 dias antes do crime. Por volta das 19h30 do dia 4 de fevereiro, ele foi até a casa de um colega de 14 anos, que o provocava na escola, e o matou. "Não sei por que, mas ele [o atirador] sofria muita humilhação na escola. Era muito tímido e foi ficando 'escanteado', com depressão. O menino que ele matou já tinha até jogado lama nele", contou.
Após atirar contra o colega, o rapaz seguiu para uma escola de informática para tentar matar uma professora da qual não gostava. Ao ser impedido de entrar por outra funcionária, ele disparou contra a cabeça dela, que também morreu. Segundo Heston, um outro estudante desarmou o atirador e ele foi levado para a delegacia. "O objetivo dele era se matar, ele não parava de falar isso na delegacia, já tinha até deixado um bilhete com aquele símbolo do nazismo", relatou. Como o agressor era adolescente, foi encaminhado para cumprir medida sócio-educativa no município de Feira de Santana e, atualmente, está em liberdade assistida.
A pedagoga Cleodelice ressalta a importância de não se ignorar a prática de bullying. "As pessoas precisam entender que ninguém nasce intolerante, desequilibrado, com vontade de matar. Uma série de fatores leva a isso. As escolas e as famílias precisam se capacitar para aprender a diagnosticar os sintomas de bullying porque quanto mais cedo houver tratamento, maior a chance de a pessoa se curar",

Bullying. Cinco anos de prisão para crimes de violência escolar

O governo aprovou a proposta do novo crime de violência escolar. A intenção é que a medida tenha um efeito dissuasor


Maus-tratos físicos ou psíquicos, incluindo ofensas sexuais, castigos corporais e privações da liberdade, que aconteçam nas escolas, serão puníveis com um a cinco anos de prisão. A proposta de lei que transforma a violência escolar em crime foi ontem aprovada em Conselho de Ministrose prevê também que os alunos menores - dos 12 aos 16 anos - praticantes de actos de agressão, sofram "medidas tutelares educativas", já que nestas idades "são inimputáveis para efeitos da lei penal" portuguesa, explica a ministra da Educação.

Isabel Alçada afirma que "intimidações, agressões, assédios de natureza física ou psicológica e actos de violência contra alunos e membros da comunidade escolar" fazem parte do projecto. A sugestão, diz, pretende "distinguir situações mais graves de menos graves" e a resolução das últimas deve ficar a cargo da direcção da escola e dos docentes, com igual responsabilidade das famílias. 
Mas a intenção não fica por aqui. O objectivo é também que "a criação do novo regime de violência escolar produza um efeito dissuasor, contribuindo para a manutenção da necessária estabilidade e segurança do ambiente escolar", adianta a tutela. Uma forma de prevenção através da regra.

Associação Nacional de Professores (ANP) defende que se deu um "passo positivo". João Grancho, presidente do organismo, revela que qualquer medida contra a violência é positiva, não deixando de lembrar que é importante "efectivar a lei". Sublinha: "Só por existir a lei, não é factor suficiente para que deixe de acontecer [violência], mas era preciso criar este quadro legal para que outros mecanismos funcionem."

João Grancho defende ainda que faz todo o sentido que a violência escolar seja instituída comocrime público - que não precisa de apresentação de queixa para que o Ministério Público abra um inquérito. Isabel Alçada não se pronunciou sobre esta consideração - nem o Conselho de Ministros.

O presidente da ANP admite que "aquilo que tem vindo a ser feito não tinha resultado porque os instrumentos que havia de prevenção não eram suficientes". As ferramentas são agora diferentes. A pena de prisão pode ser agravada entre três e dez anos, em situações de morte da vítima. Nos casos em que se verifique ofensa à integridade física, o agravamento pode chegar aos oito anos.

No comunicado do Conselho de Ministros lê-se que o "crime de violência escolar, a instituir, abrange o fenómeno correntemente designado como bullying cujos efeitos, além dos imediatamente produzidos na integridade pessoal das vítimas, se repercutem no funcionamento das escolas e na vida diária das famílias". A proposta de lei agora será submetida à Assembleia da República.



retirado de:http://www.ionline.pt/conteudo/85757-bullying-cinco-anos-prisao-crimes-violencia-escolar

EUA adotam modelo de segurança após crimes como o de escola no Rio


Departamento de educação de NY pede que pais preencham questionário sobre a segurança de crianças na escola, ameaças ou perseguições.




Nos Estados Unidos, depois de tantos massacres, escolas e universidades adotaram um novo modelo de segurança. O departamento de educação de Nova York está pedindo que pais de alunos de escolas públicas preencham um questionário sobre a situação na escola. As perguntas chave são sobre a segurança de crianças na escola e sobre ameaças e perseguições. A preocupação é para tentar evitar novos casos de violência contra estudantes.
Em 2002, em uma escola pública no centro de Manhattan, um estudante entrou pela porta lateral com uma arma e atirou em dois alunos. Hoje, a escola tem detectores de metais instalados na portaria. Os alunos são submetidos à revista rigorosa com guardas que vasculham mochilas. Até garrafas d'água recicláveis são proibidas, porque, em tese, poderiam conter algum líquido explosivo.
Os Estados Unidos têm um histórico trágico de massacres em escolas. Em 1999, no Colorado, dois jovens invadiram a escola de ensino médio Columbine; mataram 12 alunos e um professor e depois cometeram o suisídio.
Hoje, as escolas da redondeza são cercadas de medidas rigorosas de segurança. Em 2007, o coreano Sen Hi Cho matou 32 pessoas na Universidade Politécnica da Virgínia e em seguida se suicidou. Existem ainda inúmeros relatos de bullying, alunos perseguindo colegas.
Para diminuir a violência, escolas americanas têm estimulado a conversa franca entre alunos e professores e encorajam estudantes a denunciar logo, se sentirem que estão sob ameaça.

Jovens vítimas de bullying cada vez mais se submetem a cirurgias


O IBGE diz que a população jovem brasileira está engordando. Com isso, também estão aumentando os casos de bullying nas escolas.


No Brasil, uma pesquisa revelou que o bullying, a violência física ou moral dentro do ambiente escolar, tem levado cada vez mais jovens para a mesa de cirurgia. A maioria opta pela redução de estômago, mas essa não é uma operação simples. É uma cirurgia que envolve riscos e com uma recuperação lenta, que exige muito cuidado. Mesmo assim, em 2009, 5% de todas as cirurgias plásticas do país foram feitas por pessoas com menos de 20 anos.
Desde criança, a estudante Luana Hahn Correia Laranjeira sempre sofreu com as orelhas. Não por ouvir mais do que os outros, mas porque uma delas era grande demais. “Eu amarrava o cabelo, uma ficava bonitinha e a outra ficava totalmente desproporcional. Desamarrava o cabelo na hora, não saía de casa com o cabelo desamarrado, não mergulhava em piscina perto de amigos. Às vezes, as pessoas chegavam do meu lado e diziam: ‘Alô? Você é um orelhão’”, lembra Luana.
Para deixar as orelhas do mesmo tamanho, Luana se submeteu a uma cirurgia. “Não vejo a hora de mergulhar e de ir à praia. Agora estou me sentindo muito bem, realizada na totalidade que eu queria”, comemora.
“Muitas vezes a gente vê que os meninos ou as meninas mal falam com a gente no pré-operatório. Elas vem na primeira consulta. Quem acaba falando com a gente são os pais. Após a cirurgia, o comportamento dessas crianças muda totalmente. Elas são que vêm falando com a gente. O pai e a mãe acabam mal falando, exatamente por conta do ganho de autoestima que elas têm”, relata o médico Carlos Alberto Komatsu, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica regional de São Paulo.
A geladeira para a bancária Thais Moreira da Cruz sempre foi o lugar da tentação. Agora passou a ser apenas o espaço para manter a gelatina dietética gelada. Ela passou por uma cirurgia bariátrica um mês atrás. Já perdeu 12 quilos e todo alimento que ingere não pode ser maior do que a medida de meio copinho. “Só um pouquinho. Mesmo assim, devagarzinho porque, segundo meu médico, meu estômago está pequeno”, explica Thais.

É um círculo vicioso. O IBGE diz que a população jovem brasileira está engordando. Com isso, também estão aumentando os casos de bullying nas escolas. O bullying é um dos principais motivos que levam os adolescentes a procurar a cirurgia bariátrica. Os médicos não recomendam a cirurgia bariátrica, a de redução do estômago, para quem tem menos de 18 anos.

“Infelizmente o mundo é assim, e isso machuca muito. Ninguém quer namorar gordinha”, acrescenta Thais.
“Eu não consigo identificar alguma variação corporal que possa gerar mais preconceito do que a obesidade. Do ponto de vista afetivo e sentimental, tem problemas, limitações e uma baixa autoestima. São pessoas que muitas vezes são segregadas nos ambientes vários”, conta Roberto Rizzi, cirurgião da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica.
É cada vez maior o número de jovens, muitas vezes ainda adolescentes, que enxergam na cirurgia bariátrica a única solução para perder peso.
“O jovem quer soluções práticas. Como ele sabe que existe uma cirurgia disponível, ele quer isso. Ele quer rápido e para ontem”, comenta o médico Roberto Rizzi.

De copinho em copinho, Thais vai seguindo a sua dieta. Já consegue se olhar no espelho e sentir a roupa bem mais larga. “Graças a Deus venci a depressão, o pânico, voltei a trabalhar, fiz a cirurgia, estou conseguindo emagrecer, estou feliz. Minha autoestima está lá em cima. Eu estou me sentindo como fazia muito tempo que eu não me sentia”, vibra a jovem.


Diga não ao BULLYING!

Vítima de bullying posta vídeo de protesto e ganha seguidores na web

Alye Pollack, de 13 anos, fez relato silencioso sobre a violência na escola. 

Vídeo com a mensagem 'as palavras machucam' virou hit na internet.



Um vídeo postado por uma estudante norte-americana de 13 anos que se diz vítima de bullying em um protesto silencioso contra a violência e a intimidação nas escolas faz sucesso na internet e transformou a aluna em uma celebridade na web.
Alye Pollack, estudante da Bedford Middle School, de Westport, estado de Connecticut, na costa leste dos Estados Unidos, já teveseu vídeo entitulado "As palavras são piores do que paus e pedras" visto por mais de 400 mil pessoas. No Facebook, ela recebe centenas de mensagens de apoio e relatos de outras vítimas de bullying. Outros internautas postaram vídeos com mensagens e músicas de apoio a Alye.
No vídeo, Alye aparece mostrando cartazes com sua mensagem de protesto, com uma música instrumental ao fundo.
"Olá, eu sou Alye. Eu estou na oitava série. Eu pareço feliz? Bem, eu não sou. Estou assim desde a sexta série. Não tenho muitos amigos. 3? 4? Por quê? Sou uma vítima de bullying. Não há um dia que se passa sem uma dessas palavras: "piranha, vagabunda, gorda, lésbica, vadia, maluca, feia, esquisita", relata Alye mostrando as placas.
O protesto continua: "Eu não vou me cortar, mas estou perto. Passo mais tempo na terapia do que nas minhas aulas. Gosto da minha escola, só não gosto das crianças (alunos). Será que na high school (ensino médio) as coisas vão piorar? Socorro".
A mensagem termina com um recado para os agressores. "Pense um pouco antes de dizer as coisas. Isto pode salvar vidas. Não seja um assassino. Paus e pedras? São as palavras que machucam."
Em entrevista à rede de TV CNN na noite desta segunda-feira (4), Alye disse que muita gente faz bullying contra outra pessoa por causa de ciúmes ou pura insegurança. "Eles não deviam fazem bullying contra ninguém, deviam conversar com seus pais ou um psicólogo", disse Alye, na entrevista ao lado de sua mãe. "O bullying precisa terminar totalmente, não pode ser tolerado por ninguém. Não importa o que alguém tenha feito para você, você jamais pode praticar o bullying contra essa pessoa."
Alye comentou ainda sobre a repercussão do vídeo. "Muita gente veio até mim e disse: 'Agora eu sei que não se deve dizer coisas ruins'. E isso é simplesmente fantástico, porque as pessoas estão realmente sendo afetadas por meu vídeo."
Outros casos de bullying
O vídeo de Alye Pollack segue o caminho do sucesso recente da entrevista do garoto Casey Heynes, que após se cansar de tanta provocação de um colega reagiu ao bullying e o arremessou contra o chão. Casey também ganhou uma série de admiradores por sua atitude.
No Brasil, o bullying segue fazendo vítimas. Em Ribeirão Preto (SP), a estudante de enfermagem Ana Claudia Karen Lauer afirma ter sido espancada por três alunas na sexta-feira (1º). A agressão ocorreu em frente ao Centro Universitário Barão de Mauá após a estudante ter denunciado à coordenação que era perseguida por outros alunos.
No Rio, uma menina de 13 anos relatou as agressões que sofreu em uma escola municipal do subúrbio. Ela alega que a escola não a ajudou. Em outro caso, a Justiça do Rio condenou o Colégio Nossa Senhora da Piedade a indenizar em R$ 35 mil reais a família de uma ex-aluna que foi vítima de bullying dentro da escola.