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sábado, 16 de abril de 2011

Bullying no Brasil.


(...)Segundo os especialistas, pelo menos dois casos de bullying escolar terminaram em morte no Brasil.Um deles aconteceu em janeiro de 2003. Depois de completar o ensino médio, Edmar Aparecido Freitas, então com 18 anos, comprou um revólver calibre 38 e disparou contra cerca de 50 pessoas durante o horário de recreio da escola onde estudou, em Taiúva (a 363 Km de São Paulo). Atingiu sete delas e depois se matou com um tiro na cabeça. As vítimas sobreviveram.


"Este foi um típico caso de como o bullying escolar pode virar uma tragédia. Este adolescente era obeso e foi motivo de piada para os colegas de escola durante 11 anos. Mesmo quando ele perdeu 30 quilos continuaram zoando ele. Seu apelido era elefante cor-de-rosa. Ele comprou uma arma e resolveu se vingar. Uma das pessoas atingidas pelos disparos ficou paralítica.
A polícia de Taíuva não descobriu como Freitas adquiriu o revólver. Além da arma, ele carregava cerca de 80 balas e uma faca. De acordo com o escrivão de polícia Edson Dorati, que atuou no caso na época, o inquérito foi remetido à Justiça e arquivado.
Em 2004, um adolescente de 17 anos, de Remanso, na Bahia, também atirou contra um colega depois de ser ridicularizado na escola. Segundo o escrivão de polícia da cidade, José Melônio Heston, o agressor comprou um revólver calibre 38 dias antes do crime. Por volta das 19h30 do dia 4 de fevereiro, ele foi até a casa de um colega de 14 anos, que o provocava na escola, e o matou. "Não sei por que, mas ele [o atirador] sofria muita humilhação na escola. Era muito tímido e foi ficando 'escanteado', com depressão. O menino que ele matou já tinha até jogado lama nele", contou.
Após atirar contra o colega, o rapaz seguiu para uma escola de informática para tentar matar uma professora da qual não gostava. Ao ser impedido de entrar por outra funcionária, ele disparou contra a cabeça dela, que também morreu. Segundo Heston, um outro estudante desarmou o atirador e ele foi levado para a delegacia. "O objetivo dele era se matar, ele não parava de falar isso na delegacia, já tinha até deixado um bilhete com aquele símbolo do nazismo", relatou. Como o agressor era adolescente, foi encaminhado para cumprir medida sócio-educativa no município de Feira de Santana e, atualmente, está em liberdade assistida.
A pedagoga Cleodelice ressalta a importância de não se ignorar a prática de bullying. "As pessoas precisam entender que ninguém nasce intolerante, desequilibrado, com vontade de matar. Uma série de fatores leva a isso. As escolas e as famílias precisam se capacitar para aprender a diagnosticar os sintomas de bullying porque quanto mais cedo houver tratamento, maior a chance de a pessoa se curar",

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