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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Bullying é cada vez mais constante em escolas e festas

A psicóloga Patrícia Guillon Ribeiro, coordenadora do programa Quando o Pedido de Ajuda Machuca, da Clínica de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), afirma que os casos de bullying estão cada vez mais freqüentes não só nas escolas como em outros ambientes onde crianças e adolescentes se relacionam, como festas de aniversário, atividades esportivas e aulas de línguas.
Ela explica que a criança ou adolescente que pratica o bullying nunca age sozinho. As formas como essas agressões são cometidas diferem entre meninos e meninas. Enquanto os meninos utilizam a violência ou a coação (ameaças, uso de apelidos, etc), as meninas preferem difamar as vítimas entre os colegas. Além disso, aponta, muitas escolas e pais não sabem identificar o bullying. “Muitos pensam que é coisa à toa, atitude de criança, de adolescente”, afirma.
De acordo com a psicóloga, quem comete o bullying tem baixa auto-estima. “Essas agressões viram uma forma dessas pessoas terem reconhecimento. Ou seja, agindo assim, nenhum colega vai contrária-las”, aponta. Se não houver intervenção, com imposição de limites por parte dos pais e da escola, diz Patrícia, quem comete bullying vai se tornar um adulto que considera normal o uso de violência em questões pessoais, profissionais e afetivas.
Já as vítimas são pessoas isoladas do grupo por mais diversos motivos: pelas características físicas, pelo jeito de ser ou de se comportar. Mas, principalmente, não representam riscos a quem as agride. “Quem é vítima tem que aprender a se defender, pois do contrário também pode se tornar praticante do bullying”, reforça a psicóloga.
A diretora de Educação Infantil do Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe-PR), a pedagoga Jacinta Caron, afirma que para combater o bullying as escolas devem se voltar cada vez mais para a educação voltada à humanização. “O foco não pode ser apenas resultados. A escola tem que colaborar na formação do ser humano. E para isso é fundamental a participação da família”, enfatiza.
Quando casos de bullying ocorrem, defende Jacinta, o aluno responsável deve sofrer punições adequadas da escola. “Por meio de medidas sócio-educativas, esse aluno tem que se conscientizar do tamanho do erro que cometeu”, reforça a diretora do Sinepe-PR.

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